terça-feira, 26 de julho de 2011

MAPEAMENTO VAI DEFINIR OCUPAÇÃO DA LOCALIDADE DA FLORESTA

A Mineropar contratou um mapeamento geológico e geotécnico da Porção Leste da Serra do Mar do Paraná e deve emitir um laudo definitivo sobre os riscos de ocupação da área de 1.800 quilômetros quadrados da bacia do rio Jacareí, que banha o Distrito de Floresta, em Morretes.

Os moradores a região, sobretudo os agricultores, relutam em abandonar suas propriedades, tngidas pelas fortes chuva de março.  Deslizamentos de terra, corridas de detritos e inundações provocaram a morte de uma pessoa na região e deixaram grandes prejuízos em mais de 100 propriedades, fazendo com que várias áreas de lavoura fossem destruídas.

Com base na avaliação dos trechos onde ocorreram deslizamentos, corridas de detritos e inundações, imagens de satélite e outras ferramentas, será feito um laudo classificando os níveis de risco de cada área, para as medidas necessárias em relação à ocupação da região.

Os trabalhos ainda não são conclusivos até agora, mas mostram que há uma recorrência de fenômenos do gênero naquela região da bacia do rio Jacareí, com grandes concentrações de chuva em períodos de tempo bastante variáveis, que são capazes de provocar grandes acidentes.

De acordo com o chefe da Defesa Civil do Paraná, major Antonio Hiller, a preocupação é a criação de um sistema de monitoramento e alerta da população, em relação à quantidade de chuvas, para que possam ser adotadas providências preventivas, de forma a minimizar os impactos de eventos climáticos desse porte.

"O estudo vai prever as áreas que podem ser afetadas, determinando o risco de novas ocorrências em outras áreas. Essa base técnica permite tomar as medidas de governo necessárias nas áreas que devem ser monitoradas, onde precisa ser desabitado ou não e onde a convivência com algum risco pode ser tolerada", afirma Hiller.


Retirada de madeira

Equipes do governo estadual estão avaliando meios de acelerar o processo de retirada da madeira acumulada no leito do rio Jacareí.

As formas de agilizar o trabalho estão sendo debatidas por representantes do Provopar, da Defesa Civil, das secretarias do Meio Ambiente e da Infraestrutura e Logística, do Instituto das Águas, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), da concessionária Ecovia e da empresa encarregada de retirar a madeira acumulada no leito do rio.

"A operação de limpeza e desobstrução do rio mostrou-se muito delicada, devido às características da área, por ser de preservação, das condições atuais do terreno e do clima. Ao mesmo tempo, é necessário que o trabalho seja acelerado e concluído antes do reinício do período de chuvas, a partir de outubro, para evitar novos danos à infraestrutura da região", afirma o superintendente do Provopar, Luiz Reis.

A expectativa é retirar mais de 40.000 metros estéreos de material lenhoso da região. Para limpar a área uma empresa foi contratada para retirar e vender. Toda operação é acompanhada e fiscalizada pelo IAP, que faz a medição do produto retirado e emite as guias que autorizam o transporte da madeira na região.

FONTE: www.correiodolitoral.com